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Os primeiros passos
A escolha dos peixes:
A escolha do peixe será a mais importante para o equilíbrio do seu aquário, pois deve ter bastante cuidado ao introduzir peixes saudáveis e de comportamento compatível com outros. Observe o comportamento do peixe na loja, a sua cor, o brilho, a integridade, o seu nado. Todos eles devem passar um período sob observação num aquário próprio chamado de “aquário de quarentena” e introduzir na dose indicada o tratamento antifúngico entre outros que é também utilizado a título preventivo.
A escolha do aquário:Antes de escolher o aquário, tenha em atenção o sítio onde o vai colocar, não deve deixar o aquário onde receba luz direta do sol para evitar um grande crescimento de algas. Também deve evitar locais perto de portas e eletrodomésticos, de modo a que os peixes não sejam incomodados com vibrações que os stressam e prejudicam gravemente a sua saúde.
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Tipos de peixes
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Bettas e outros anabantídeos;
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Ciclídeos africanos;
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Ciclídeos americanos e asiáticos;
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Killifish;
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Poecilídeos;
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Peixes-gato;
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Ciprinídeos;
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Caracídeos;
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Cobitídeos;
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Peixes Arco-Íris;
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Invertebrados
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Alimentação
Os alimentos devem ser distribuídos em pequenas porções, o suficiente para que o alimento seja consumido em cerca de 5 minutos, 1 a 2 x por dia. A importância da escolha de uma alimentação de boa qualidade, com alto nível proteico e alguma variedade é a de que a boa nutrição dificulta o aparecimento de doenças, mantendo boa a defesa imunológica dos peixes. Não coloque excesso de alimentos no aquário pois isso cria sedimentação e excesso de matéria orgânica que fará despoletar amónia, nitritos, nitratos e, consequentemente, o aumento do PH que pode prejudicar o seu equilíbrio.
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Equipamentos, Técnicas e Manutenção
O equipamento a utilizar no seu aquário, incluindo o mesmo, será o principal ponto de partida para crescer uma paixão pela aquariofilia que se irá prolongar pelos tempos.
Todos temos falta de tempo, por vezes, assim sendo, a escolha de materiais e equipamentos que nos facilitem as tarefas de manutenção é essencial.
Os equipamentos e materiais do aquário deverão servir única e exclusivamente para esse efeito, todo o material que tenha sido utilizado ou retirado da natureza para recriar habitats deve ser esterilizado. Antes de qualquer manuseamento no interior do aquário, em que seja necessário introduzir as mãos dentro de água, estas deverão ser sempre passadas por água, sem detergentes, pois sem nos apercebermos podemos estar a transportar para dentro do ambiente dos nossos peixes bactérias e fungos fatais! Esta última regra é de OURO!
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Doenças e Pragas
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Cauda comida;
Esta doença, que causa a putrefação e perda da cauda e até de outras barbatanas, é devida a infeção bacteriana. O tratamento deve começar pela cirurgia. Com uma tesoura bem afiada cortemos a barbatana caudal tendo cuidado para não atingir os músculos.
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Escamas eriçadas;
É causada pelo Bacterium Lepirdorthosae, um dos muitos assassinos invisíveis dos nossos aquários. O peixe atacado acusa grande aceleração na respiração e seus movimentos vão se tornando cada vez mais lentos até a paralisia total. A morte é inevitável e aconselhamos terminar com a agonia do peixe. Uma boa desinfeção do aquário é o que deve ser feito de seguida.
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Fungo;
Vivem em todas as águas e só atacam os peixes feridos ou enfraquecidos por qualquer doença. Qualquer ferida deve ser desinfetada imediatamente para evitar invasão posterior de fungos que atacam com tal virulência que não são raras as mortes por penetração até o esqueleto. Ao atacar os peixes, esta doença toma o aspeto de pequenos tufos brancos de algodão, pelo que é fácil descobrir e controlar no início. A água deve ser desinfetada também com algumas gotas de “Esha 2000” Depois de obtida a cura, a água do aquário deve ser trocada. O banho de sal não deve ser desprezado (este sal é específico para utilização em aquário)
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Hidropsia;
Doença causada por uma bactéria, a Pseudomonas Punctata, que consta de uma invasão dos tecidos e cavidades do corpo por um fluido seroso que provoca a morte dentro de poucos meses. O peixe fica tão inchado que as escamas eriçam chegando a ficar em ângulo reto com o corpo. Também existe um tratamento que pode fazer para trata-lo, no entanto, a cura é muito difícil. Tente prevenir, porque é quase impossível curar remediando, então se tiver alguma vez esta doença no seu aquário será melhor sacrificá-lo.
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Íctio;
Produzida pelo Ichthyophthyrius multifilis, um parasita de meio milímetro de comprimento, é uma das doenças mais temidas pelos aquariófilos dada a rapidez com que se propaga, podendo infetar todos os habitantes de um aquário em questão de dias. Esse parasita vive na epiderme dos peixes, alimentando-se de seus glóbulos vermelhos e de suas células epiteliais.
O peixe apresenta-se todo cheio de pontinhos brancos (que não são os parasitas mas sim as inchaços provocadas pela irritação e reação dessas células), sacode-se rebolando-se sem sair do lugar, perde o colorido, fecha as nadadeiras, e esfrega-se nas plantas e pedras. Quando estes sintomas se manifestam temos certeza de que estamos na presença de íctio e que são necessárias providências imediatas, para não perdermos todos os peixes.
O parasita não pode ser combatido dentro do peixe, mas felizmente abandona-o para reproduzir-se e é nesta altura que devemos atacá-lo, pois se não for morto, normalmente, coloca-se no fundo da areia/areão, onde se multiplicará por divisão, e dois dias depois multidões de novos parasitas sobem as águas para procurar novas vítimas, onde possam alojar-se, alimentar e crescer. A quantidade de crias que um só parasita pode produzir por divisão é enorme, podendo chegar a 1200.
Numa água sem peixes os parasitas morrem em poucos dias, de modo que, se num aquário habitado aparecer essa praga é porque foi introduzida por algum peixe ou planta oriunda de águas já contaminadas. O melhor remédio é o “Exit”, deve administrar a porção indicada na bula, retirando o carvão ativado que o filtro possa ter, apenas durante o período de tratamento, pois este irá absorver o medicamento da água (é esse o seu trabalho). Aumentar ligeiramente a temperatura da água, pois isso encurta o tempo de permanência do parasita no peixe, forçando a sair para reproduzir-se. Na proporção indicada o “exit” é completamente inofensivo até para os peixes mais pequenos e plantas. A doença é muito contagiosa mas não chega a causar mortes no aquário se for controlada a tempo.
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Veludo;
Bem pior que o íctio, apresenta alguma semelhança na sua fase inicial, é extremamente contagiosa e chamada Veludo. Esta doença é causada por um flagelado, o Oodinium limneticum. Basta um desses organismos atingir um peixe, para que nele se instale e se reproduza em quantidade tal que em pouco tempo cobre todo o corpo, deixando-o coberto por uma camada castanha aveludada, que origina grande percentagem de casos fatais. Os peixes adultos têm mais resistência às doenças, mas a mortalidade entre os pequenos é maior. O tratamento indicado é o “Esha 2000” e ao mesmo tempo um banho diário de sal próprio para aquário, (atenção pois existe certos peixes como a Corydora e o Cascudo que não aguentam nenhum teor de sal). Este tratamento deve durar entre 3 a 5 dias.
Como o Oodinium contém alguma clorofila que lhe permite alimentar-se por fotossíntese recomenda-se deixar o aquário sem luz durante alguns dias, contribuindo assim para que o parasita morra por incapacitação de fabrico do seu próprio alimento.
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Trematodos;
Estes vermes especialmente os Gyrodactylus e os Dactylogyrus, atacam as brânquias dos peixes, causando uma fatal hipersecreção das mucosas. O peixe enfraquece, “corre nervoso” pela superfície da água, respira aceleradamente e acaba morrendo por completa exaustão. O tratamento deve ser iniciado o mais depressa possível.
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